(Y/N) On.
Acordei umas 17:30 da tarde e olhei meu quarto esperando que todo aquele ambiente se desfizesse e um novo lugar surgisse para que eu nunca mais tivesse que sofrer como eu estava sofrendo. Minha mente ainda estava perturbada e meus olhos ainda faziam força para se acostumar a claridade. Minhas lembranças anteriores voltavam como fantasmas medonhos numa noite escura. Meu celular tocou ao meu lado e eu atendi.
Tay: Oi, tudo bem?
(Y/N): Oi, estou bem e você?
Tay: Estou melhor agora que sei que você está bem, a Kris já me contou tudo.
(Y/N): Ah, claro.
Tay: Saiba que se eu puder fazer alguma coisa, qualquer coisa, eu vou....
(Y/N): Taylor, você me mandou flores hoje? -o interrompi.
Um silêncio cortante tomou conta da ligação, podia ouvir a respiração dele do outro lado da linha.
(Y/N): Tay, isso é importante para mim. Eu fiquei imensamente feliz e....
Tay: Sinto muito, mas não fui eu. -ele me interrompeu.
(Y/N): Ah, tudo bem.
Tay: Amanhã eu passo ai, quero te ver mas hoje não dá. Minha mãe precisa que eu faça umas coisas para ela.
(Y/N): Tudo bem, até amanhã.
Ele desligou e eu ainda continuei na linha por algum tempo. Depois desliguei e fitei as rosas que agora estavam ao lado da minha cama, como alguém poderia saber o que estava acontecendo comigo? Ninguém sabia sobre Peter ainda, e eu não acho que tenha sido Matt. Mas se Taylor falou que não foi ele é porque não foi, ele não mentiria. Kris atravessou a porta do meu quarto e tomou um susto quando me viu acordada.
____Pensei que estivesse dormindo. Da última vez que estive aqui você estava dormindo profundamente. Isso não faz nem 5 minutos. -ela tentou sorrir, mas não sorriu.
____Estou bem. -um sorriso forçado surgiu no meu rosto.
____Está com fome? Eu fiz biscoitos.
____Obrigada por tudo Kris. -corri até ela e me joguei nos braços dela a envolvendo num grande abraço.
Descemos e haviam uns biscoitos em cima da mesinha da sala, Matt estava procurando uma programação que o agradasse na TV. Quando fui pegar um biscoito ele me olhou com um sorriso perfeito.
____Eu se fosse você não comeria. -ele riu.
____Cala essa boca Matt. -Kris praticamente gritou.
____Parem com isso. -eu ri.
Eu sabia que cozinhar não era o forte de Kris e sabia que ela odiava cozinhar, principalmente para os outros. Então comi um biscoito, ela havia se esforçado bastante para que eles ao menos parecessem com biscoitos.
____Agora diga para esse loiro de farmácia o quando ficaram bons os meus biscoitos? -ela sorriu vitoriosa.
____Estão perfeitos. -eu disse quase engasgada com os pedaços do primeiro biscoito.
____Eu até acreditaria se não tivesse comido um a uns minutos atrás. -ele voltou sua atenção para a TV.
____Você é um chato de galocha. -Kris praticamente rosnou.
____Vocês dois não existem.
A briga por causa dos biscoitos se estendeu durante toda a noite. No dia seguinte Matt foi embora e Kris disse que iria em casa. Parte de mim esperava que Taylor viesse, quando a campainha tocou praticamente pulei para atender. Lá estava ele.
____Oi. -ele parecia meio envergonhado.
____Oi, entre. -dei passagem para ele.
____Eu queria te ver. Estava preocupado.
____Peter não me matou, fique tranquilo. -fiz uma das minhas piadinhas.
____Com ele eu poderia me entender depois, mas Matt e Kris são um perigo um pouco maior. -ele riu.
____Principalmente juntos. -acrescentei.
____Mas mudando de assunto, Peter fez alguma coisa? Qualquer coisa?
____Ele não fez nada. Ontem eu estava com raiva e gritei coisas horríveis.
____Se sente arrependida? -ele me olhava de um jeito ...
____Não. Mas minhas palavras foram cruéis demais.
Nos sentamos no sofá e eu me joguei sobre ele, os braços dele envolveram meu corpo junto ao dele e aquela ligação mas tarde traria consequências. Uma delas, noites em claro me lembrando desse momento.
____Não queria que você passasse por isso. -ele falou depois de um suspiro pesado.
____Acho que faz parte da vida.
____Não deveria fazer parte da sua.
____Está tudo bem, eu não posso fugir de tudo. -o olhei.
____Não é fugir, é simplesmente não ter esse tipo de problemas.
____Dias ruins todo mundo tem.
____Deus sabe o que eu não faria para que você ficasse melhor, esquecesse essa história.
____Taylor, o que você sente por mim? De verdade.
____Como assim? -ele se mostrou confuso.
____Me diga o que eu causo em você.
Taylor On.
Aquela pergunta era a pergunta que eu sempre quis fazer a ela. Os olhos verdes me fitavam e eu não podia mais desviar deles.
____Calor, noites em claro, sonhos. -respondi sem pensar.
Ela sorriu e o sol que existia nela começou a brilhar de novo.
____Você me ama? -ela perguntou.
Aquela pergunta era forte demais para mim. Eu ainda não tinha coragem de chegar até ela.
____Não tem como não amar você.
____Você me ama? -ela perguntou de novo.
____Como nunca amei ninguém.
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